Criada com o objetivo de formar novos pilotos para o automobilismo, a F4 Sul-americana segue à risca sua filosofia inicial. Após três temporadas completas, jovens talentos que passaram pela categoria ganharam espaço em campeonatos importantes na Europa. Os campeões Bruno Baptista e Pedro Cardoso disputarão neste ano, respectivamente, a GP3 e a Euroformula Open, ao passo que o peruano Rodrigo Pflucker correrá na Fórmula Renault 2.0.
Primeiro campeão da F4 Sul-americana em 2014, o paulista Bruno Baptista disputou nos dois anos seguintes a Fórmula Renault 2.0. A bagagem adquirida no certame continental foi de extrema importância para sua adaptação à categoria europeia. “Os pilotos em início de carreira precisam de uma categoria-escola para aprender recursos importantes que vão precisar mais para frente. A Fórmula 4 me ajudou a chegar na Europa em outro nível tanto do ponto de vista técnico quanto de maturidade”, explica Baptista, que disputará neste ano a GP3 pela equipe Dams.
A Fórmula Renault 2.0 é o destino do peruano Rodrigo Pflucker em 2017. Vice-campeão da F4 Sul-americana em 2015, Pflucker disputou parte do campeonato europeu no ano passado e retornou para as duas últimas etapas da Fórmula 4. “Considero que tive uma evolução enorme na categoria. Na minha primeira etapa larguei da última posição e na última rodada fiz a pole. O sistema técnico que a categoria sul-americana utiliza ajuda bastante os pilotos. Além disso, as corridas apresentam um bom nível de competitividade e são uma escola perfeita para qualquer competidor que deseja seguir carreira na Europa ou nos Estados Unidos”, avalia Pflucker.
Outro piloto que teve sucesso na Fórmula 4 Sul-americana foi o brasiliense Pedro Cardoso. Campeão em 2015, o piloto assinou contrato com a equipe Teo Martin na Euroformula Open e fará sua primeira temporada na Europa. “A F4 é ótima porque o piloto aprende a andar próximo dos adversários, já que as corridas são equilibradas. O sistema de aquisição de dados também é muito bom e contribui para a evolução de cada um. Outro ponto que está me ajudando bastante aqui na Europa é o fato de ter aprendido a falar espanhol. Atualmente, minha equipe é espanhola e certamente esse aprendizado está dando resultado”, diz Cardoso.
Para o promotor da F4 Sul-americana, Tato Salaverría, os resultados dos três pilotos demonstram a importância de se fazer uma base bem feita antes do piloto dar um passo grande rumo à Europa. “Sem dúvida, a experiência que esses pilotos tiveram aqui vem ajudando bastante na adaptação às categorias europeias. O Bruno, o Pedro e o Rodrigo venceram corridas e campeonatos e saíram com um bom conhecimento técnico sobre o automobilismo. Nós, da F4 Sul-americana, desejamos a eles sucesso no prosseguimento de suas carreiras”, afirma Salaverría.
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