Quebra de câmbio, diferentes condições climáticas e furo de pneu atrapalharam o desempenho do piloto de Brasília
O Autódromo do Velopark, em Nova Santa Rita, no Rio Grande do Sul recebeu neste fim de semana, entre os dias 12 e 14, a oitava rodada da Stock Car Brasil. A prova, que marcou a primeira de três corridas seguidas da categoria no estado gaúcho, foi marcada por muitas dificuldades para o piloto brasiliense Lucas Foresti (CVC | Prettynew | BRB – Banco de Brasília).
As atividades tiveram início ainda na sexta-feira, com a primeira sessão de treinos livres. Com o apoio técnico da equipe RC3 Bassani, Foresti seguiu animado para a sua primeira participação na pista do Velopark. Apesar de pouco mais de dois mil metros de extensão a pista, muito técnica, exigiu muita dedicação do piloto tanto em sua preparação em simulador como absorvendo o máximo de informações da equipe. Infelizmente, nesta primeira sessão, um sério problema de câmbio fez com que Lucas não conseguisse extrair o melhor de seu equipamento. Uma falha no sistema de trocas eletrônicas acabou por levar à quebra das engrenagens da primeira e quarta marchas.
Com um trabalho conjunto dos técnicos da categoria e da equipe o carro de Lucas foi completamente recuperado para o segundo treino, já na manhã de sábado. Concentrado, Foresti buscou assimilar melhor a pista e, pouco a pouco, foi acertando detalhes no acerto do conjunto com vistas à tomada de tempos, que seria realizada poucas horas depois. Na sessão classificatória, Foresti teve três minutos a menos de pista livre, em virtude de excesso de velocidade nos boxes durante o treino livre. Assim, ele não conseguiu um aquecimento ideal para os pneus nas voltas que lhe restaram e, ao registrar o tempo de 54s615, ficou com a 25ª posição para a primeira largada.
Corridas foram marcadas pelo Carro de Segurança
Com base nos acidentes que ocorreram nas largadas nos últimos três anos nesta pista os comissários da Confederação Brasileira de Automobilismo decidiram por fazer as duas largadas deste domingo com o Safety Car.
Assim, em fila indiana, a primeira largada foi autorizada pontualmente às 11 da manhã. Vindo de trás Lucas tinha uma estratégia que buscava a recuperação e, assim, foi buscando os melhores locais para a recuperação. Após algumas ultrapassagens o piloto começou a sentir um problema em seu carro e foi perdendo posições. Em contato via rádio com a equipe o piloto identificou que um dos pneus havia furado. Ainda faltavam algumas voltas para a janela do pit-stop obrigatório e a equipe orientou que Lucas permanecesse na pista. Mesmo mais lento no traçado assim ele o fez e, em um bom trabalho, a equipe conseguiu recolocar Lucas na pista em 21º. Faltavam poucas voltas para o fim, mas, neste momento, uma forte batida ocasionou a entrada do Safety Car que, na pista permaneceu, até a duas voltas para o fim. Com uma boa relargada Foresti conseguiu segurar seu posto e, com isso, recebeu a bandeirada na 21ª posição.
Vinte minutos depois a segunda corrida foi autorizada. Mais uma vez Foresti largou bem e buscava ganhar espaço. Porém, após um acidente logo a sua frente, ele perdeu algumas posições e, em seguida, o safety car voltou a pista. No traçado o safety permaneceu até a uma volta para o fim e, com isso, Lucas não teve mais condições de melhorar o seu posto permanecendo sem mais ultrapassagens até a volta final.
“Foi com certeza o mais difícil fim de semana do ano. Começamos com problema no câmbio, perdemos o primeiro treino e depois não conseguíamos achar um bom acerto de suspensão. Para piorar, o pneu furado na corrida acabou de atrapalhar tudo de vez. Vamos assimilar o aprendizado desta etapa e, daqui a 15 dias, vamos com força total para a segunda corrida do ano em Santa Cruz do Sul. Lá, tenho certeza, poderemos fazer um bom trabalho em busca de voltar à luta pelo Top10”, comentou o piloto de 22 anos.
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Foto: Vanderley Soares
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