Memória: Cecilio Favoreto

Memória: Cecilio Favoreto

Escolhemos como segunda personalidade ligada ao automobilismo a ser lembrada neste cantinho da saudade o jornalista e amigo Cecilio Favoreto, que tão prematuramente nos deixou.

Falar das qualidades jornalísticas do Cecilio é muito fácil, que o digam Emerson Fittipaldi, Antonio Pizonia, Rubens Barrichello, Cristiano da Matta, Ingo Hoffman, para citar apenas alguns dos muitos pilotos que o contrataram para Assessoria de Imprensa.Entretanto, queremos lembrar e prestar nossa homenagem à figura do ser humano Cecilio.

Nasceu em Sorocaba em 22 de Novembro de 1944. Na sua juventude praticava, com sucesso, o futebol, mas uma lesão no joelho o afastou da prática desse esporte.

Tendo mudado para São Paulo em 1970 por questões profissionais (era funcionário do Banco do Brasil), foi trabalhar na Folha de São Paulo, em sua editoria de esportes.

Suas qualidades o levaram a ser escolhido pela empresa para cobrir a Copa do Mundo de Futebol já em 1974, ambição maior do jornalista esportivo. Tal fato repetiu-se mais quatro vezes.

Em 1970 aconteceu um fato novo no esporte brasileiro: realizou-se em Interlagos o torneio BUA de Formula Ford.

Como era um evento que a Folha não podia deixar de cobrir, resolveu escalar o jovem Cecilio para o evento. Apesar de pouco ou nada conhecer do automobilismo de competição, sua capacidade jornalística superou essa falha e, mais importante, criou no Cecilio o gosto pelo automobilismo.

O gostar levou-o à paixão pelo esporte motorizado. Durante alguns anos ficou indeciso entre a bola e a roda. Finalmente o amor ao automobilismo foi maior e o Cecilio abandonou por completo o futebol, o basquete e se dedicou totalmente ao automobilismo.

Seu espírito alegre, sua dedicação ao trabalho, seu companheirismo, sua retidão de caráter deixaram em todos nós que tivemos a felicidade de com ele conviver, quer como profissional, quer como amigo, uma lembrança, uma saudade incomensurável.