Com 60% dos 4.115 quilômetros cronometrados, edição 2013 da competição apresenta diversidade de pisos, velocidades e estratégias
Começa oficialmente a contagem regressiva para a 21ª edição do Rally dos Sertões. A competição, que tem como pontos de partida e chegada a cidade de Goiânia (GO), começa no dia 25 de julho e percorrerá 4.115 quilômetros no coração do Brasil até o dia 3 de agosto, quando os campeões serão coroados e os que conseguirem terminar irão comemorar. Na noite desta terça-feira (25) em São Paulo foi realizado o briefing com pilotos, navegadores e equipes que apresentou o roteiro do Sertões 2013, que vale como etapa de dupla pontuação para o Campeonato Mundial de Rally Cross Country da FIM, para motos e quadriciclos.
Goiânia receberá o Sertões pela 11ª vez, e no ano em que a capital goiana completa 80 anos de fundação. As grandes novidades do roteiro são a cidade de Goianésia, que recebe uma etapa do rali pela primeira vez, e o “laço” que será feito em Palmas para a sexta e sétima etapa, em que as equipes permaneceram por dois dias na capital do Tocantins.
“Pela primeira vez vamos fazer isso, que é algo que tentávamos há muito tempo e que as equipes também vinham pedindo, que é a permanência dos equipes na mesma cidade por dois dias seguidos. Isso ajuda muito em termos de descanso da equipe, que não precisa fazer um longo deslocamento. Apesar disso, o laço vai ser a maior etapa do rali, passando por dentro do Jalapão, que quem conhece sabe o quanto é difícil e desafiadora para todo mundo”, destacou Marcos Moraes, diretor-presidente da Dunas Race, organizadora do Rally dos Sertões. A área a ser “explorada” no Jalapão nesta edição é inédita na história do evento.
Dos 4.115 quilômetros da prova, 2.488, ou 60,4%, serão cronometrados. É uma das maiores porcentagens da história do Sertões. Depois do levantamento inicial, aéreo, realizado ainda no primeiro semestre, e da conferência por terra, o diretor técnico da prova, Eduardo Sachs, destacou que as dificuldades serão grandes para os competidores. Sem, no entanto, tirar o prazer de disputar a prova.
“Tecnicamente podemos afirmar que o Sertões deste ano será o mais completo e duro dos últimos tempos, mas sem dúvida irá agradar a todos. Condicionamento físico de pilotos e navegadores, resistência das máquinas e uma ótima estratégia de prova serão decisivos no resultado final”, sublinhou Sachs.
A prova começa com o prólogo no dia 25, em Goiânia, onde serão definidas as posições de largadas para carros, caminhões, motos, quadriciclos e UTVs. Ao total, o Sertões terá nove etapas, passando por oito cidades em Goiás e Tocantins. A etapa maratona, na qual as máquinas não podem contar com auxílio externo, acontece no quinto dia, entre Porangatu e Natividade, no Tocantins.
O dia mais longo do rali será na sétima etapa, em Palmas (TO), com 746 quilômetros totais (514 cronometrados); o mais curto será o primeiro, entre Goiânia e Pirenópolis, com 249 quilômetros (84 de especial). Marcos Moraes também elogiou a resistência das picapes Mitsubishi L200 Triton utilizadas durante a conferência do roteiro. “Fizemos o levantamento usando duas L200 originais de fábrica e não tivemos nenhum tipo de problema técnico, apesar da severidade do terreno que percorremos. Nem sequer um parafuso precisou ser apertado”, destacou.
A boa surpresa do briefing foi a presença do piloto Felipe Zanol, que se recupera de acidente sofrido em dezembro do ano passado quando se preparava para disputar o Dakar. Atuando como consultor da Rinaldi Pneus, Zanol falou aos competidores. “Vim desejar boa sorte para todos. E na dúvida, acelera”, brincou o mineiro.
A organização do Sertões aproveitou o briefing para anunciar o patrocínio da Caixa Econômica Federal ao evento que começa no dia 25 de agosto. “Queremos participar ativamente desta grande prova, e que a competição seja uma festa linda e maravilhosa especialmente para Goiânia, que completa 80 anos em 2013”, afirmou Marise Fernandes de Araújo, superintendente regional da Caixa.
As inscrições para o Rally dos Sertões seguem abertas até o dia 1º de julho pelo site oficial (www.sertoes.com). Veículos de todas as marcas podem participar. Mais informações com o Departamento de Competição pelo telefone (11) 4191-0133.
Aplicativo – Para a 21ª edição do Sertões, novamente estará disponível gratuitamente o aplicativo mobile ‘Sertões 2013’ nas plataformas iOS e Android. Com o app instalado, o fã de off road terá a oportunidade de acompanhar a cobertura ao vivo do portal Webventure, com fotos, vídeos e curiosidades do maior rali do mundo disputado em apenas um país.
Confira as etapas e os comentários da direção técnica da prova:
1ª etapa: 25/07, quinta-feira
Goiânia (GO)
PRÓLOGO
2ª etapa: 26/07, sexta-feira
Goiânia (GO) – Pirenópolis (GO)
Deslocamento Inicial: 133 km
Trecho de Especial: 84 km
Deslocamento Final: 32 km
TOTAL: 249 km
“É uma especial bastante curta, específica para o ajuste dos equipamentos dos competidores nesta primeira etapa. É um caminho que começa sinuoso com muitos mata-burros, lombas e deps, seguindo por um trecho mais rápido e com travessias de riachos. A prova entra em uma parte mais travada com muitas descidas e subidas íngremes, chegando a uma zona de trial muito dura. Nos últimos quilômetros, a especial fica mais tranquila com estradas de média velocidade, seguindo assim até o final.”
3ª etapa: 27/07, sábado
Pirenópolis (GO) – Uruaçu (GO)
DI: 37 km
TE: 287 km (183 km para caminhões)
DF: 89 km
TOTAL: 414 km
“O rali começa para valer. Após um rápido deslocamento, a especial começa com estradas mais travadas de fazendas, seguindo por trechos de velocidade média mesclando com algumas trilhas de visual incrível por cristas e serras. A prova entra em uma região de canaviais onde a velocidade aumentará muito e com um piso extremamente favorável a isso. Depois de um deslocamento por asfalto e um abastecimento para motos, quadriciclos e UTVs, a prova volta a ficar travada e assim segue até o fim”.
4ª etapa: 28/07, domingo
Uruaçu (GO) – Porangatu (GO)
DI: 31 km
TE: 233 km (180 km para caminhões)
DF: 25 km
TOTAL: 289 km
“É uma etapa de quilometragem baixa, mas o ritmo continua a crescer. A especial começa com piso bom com velocidades variando de média a alta, alternando trechos de piçarra com estradas cascalhadas. Entramos em um trecho com longas retas, mas onde o piso não ajuda muito. A especial começa a ficar travada e sinuosa com estradas de fazenda e trilhas, seguindo assim até o abastecimento de motos, quadriciclos e UTVs. Na última parte a prova fica travada, entrando nos 20 quilômetros finais com retas maiores com muitas deps e erosões.”
5ª etapa: 29/07, segunda-feira
Porangatu (GO) – Natividade (TO) [ETAPA MARATONA]
DI: 82 km
TE: 295 km (135 km para caminhões)
DF: 110 km
TOTAL 487 km
“Mais um dia completo. A especial começa por estradas menores com muitas erosões e deps em uma região montanhosa. Depois segue por um pequeno trecho de trial, e logo à frente começam estradas de piso bom e sinuoso, seguindo por partes de alta velocidade até o abastecimento de motos, quadriciclos e UTVs. Depois disso a especial volta a ter trechos bem travados e segue por vários quilômetros alternando estradas de pedra, areia e muita piçarra. No trecho final, ela fica bem rápida e sinuosa.”
6ª etapa: 30/07, terça-feira
Natividade ((TO) – Palmas (TO)
DI: 27 km
TE: 355 km (182 km para caminhões)
DF: 43 km
TOTAL: 424 km
“Esta é a etapa mais rápida do rali. Começa com estradas sinuosas com um piso predominantemente de piçarra e cascalho, seguindo por trechos de alta com longas retas. Teremos um pequeno trecho de areia até o abastecimento para os competidores CBM/FIM, e a prova continua rápida quebrando o ritmo por duas vezes, entrando em estradas menores e bastante sinuosas. No último quarto da especial, a prova volta a ficar rápida com um piso bom muito bom, até uma descida de serra, que encerra o trecho.”
7ª etapa: 31/07, quarta-feira
Palmas (TO) – Palmas (TO)
DI: 109 km
TE: 514 km (142 km para caminhões)
DF: 123 km
TOTAL: 746 km
“Temos o dia mais longo do rali e uma das maiores especiais da história do Sertões. Ela é completíssima, com todos os tipos de terreno, iniciando com estradas de média velocidade com muitas erosões e deps, seguindo por trechos mais travados com muitas pedras, pontes de toras e areia. Travessias de rios e riachos serão uma constante nesta etapa fantástica. Seguiremos por estradas de cascalho com longas retas até entrarmos definitivamente nas areias do Jalapão. Teremos dois abastecimentos para motos, quadriciclos e UTVs e um abastecimento para os carros. A prova volta a ficar travada com um pequeno trecho de trial, seguindo sinuosa e com um piso melhor até o fim.”
8ª etapa: 01/08, quinta-feira
Palmas (TO) – Minaçu (GO)
DI: 312 km
TE: 333 km (258 km para caminhões)
DF: 20 km
TOTAL: 666 km
“Depois de um longo deslocamento inicial, teremos mais uma especial de respeito. Começa rápida com piso de cascalho muito bom, seguindo por estradas menores e bem sinuosas, com muitas deps, lombas, riachos e pedras. Fica rápida novamente até o abastecimento dos competidores CBM/FIM. O piso continua rápido até chegarmos a uma região montanhosa com subidas muito íngremes, trechos de trial, visuais incríveis e uma longa descida de serra. O último trecho é bem travado, com várias pontes de toras, deps, trilhas e pedras até o final.”
9ª etapa, 02/08, sexta-feira
Minaçu (GO) – Goianésia (GO)
DI: 32 km
TE: 264 km (231 km para caminhões)
DF: 253 km
TOTAL: 550 km
“Mais um dia para ficar na memória de todos os participantes, porque vai ser mais um estágio completíssimo. Começa com uma subida de serra sinuosa com deps e lombas, atravessando uma zona de garimpo e seguindo por um trecho muito rápido até o abastecimento das motos, quadris e UTVs. O piso fica travado com trilhas e caminhos menores, passando por estradas de fazenda, direcionando para a última parte da prova com velocidades mais altas, mas com muitas lombas até o fim.”
10ª etapa, 03/08, sábado (Final)
Goianésia (GO) – Goiânia (GO)
DI: 7 km
TE: 123 km
DF: 160 km
TOTAL: 290 km
“Após oito etapas duríssimas, chegou a hora de desacelerarmos um pouco. A especial começa rápida por canaviais com piso extremamente bom e muitas lombas, seguindo por trechos de serra com visuais fantásticos e retornando para estradas de fazenda com muitas deps e pedras até o final da especial”.
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