TV OR NOT TV

Engana-se quem pensa que coragem, motores
possantes e muita velocidade são as únicas coisas que
importam para um bom piloto. O apoio de um patrocinador não só
garante os recursos necessários para a equipe ser competitiva,
mas é uma prova de reconhecimento do profissionalismo do piloto.

Automobilismo é um negócio
e, como todo negócio, vende alguma coisa para alguém.
No caso, temos dois clientes principais: o público que consome
entretenimento e as empresas que buscam formas alternativas de divulgar
os seus produtos. No momento, vamos falar do segundo.

Mesmo no caso do esporte amador, as várias
e pesadas despesas imprescindíveis, condenariam o automobilismo
a um fim trágico e rápido, se dependessem somente do bolso
dos pilotos.

Mas aí vem a pergunta: O que é
mais importante para um patrocinador?

A resposta geralmente vem uníssona:
Televisão.

No geral, todos acreditam piamente que
transmitir a corrida em alguma emissora é a solução
para todas as propostas de patrocínio. Visibilidade é
muito importante, mas será que todo patrocinador realmente precisa
de televisão? Será que toda televisão é
boa para o patrocinador? Será que o rápido relance da
logomarca na porta do carro vai aumentar as vendas do seu produto? Será
que o preço daquela transmissão, obviamente repassado
para ele, tem uma relação de custo x benefício
positiva?

"Nem a pau, Juvenal", lembrando
a campanha dos produtos Sadia. A oferta parece boa, mas não é.
Salvo raras exceções, vai ser muito difícil equilibrar
a equação "Esporte Regional x Distribuição
Nacional".

Traduzindo: as empresas que distribuem
seus produtos nacionalmente e precisam de visibilidade em várias
regiões do país, têm interesse em eventos que tenham
visibilidade nacional, não localmente. Já as empresas
com distribuição local, geralmente não podem nem
precisam investir em mídia de TV, pois as ações
de varejo são mais lucrativas.

E é aí que está a
chave da questão: O varejo. Até mesmo empresas de alcance
nacional utilizam ações locais de varejo, dentre elas,
promoções em pontos de venda e eventos para os clientes.

Provavelmente, para uma revendedora de
carros usados, por exemplo, uma ação promocional com os
clientes do mês ajude mais nas vendas do que sua logomarca em
uma transmissão de corrida. O mesmo vale para um restaurante,
uma oficina, um shopping, uma marca de vinho ou uma linha de produtos
automotivos.

No automobilismo regional, a visibilidade
da televisão pode e deve ser substituída por outras estratégias
como sites, blogs etc. na internet, cartazes nas lojas, notinhas em
jornais de bairro, exposição do carro em locais diversos
e qualquer outra idéia mirabolante que coloque o nome do piloto
e do patrocinador na boca do povo.

Só não dá é
para esperar pela sorte, pelo pódio e por uma eventual transmissão
da prova.

Marketing/FASP

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