Memória: Hélio Aldo Napoli

Foi muito difícil escolher quem deveria ser o primeiro personagem a ser lembrado por nós nesta página.

Nossa escolha foi de um homem simples que nunca apareceu nas páginas de jornais como um ídolo, mas era um dos que mais se dedicaram ao esporte motorizado anonimamente.

Queremos nos referir a Hélio Aldo Napoli. Durante muitos anos diretor do departamento de Kart da FASP.

Poucos da atual geração de kartistas ouviram falar deste batalhador incansável do kart. Aliás , o automobilismo se resumia para ele em kart. O automobilismo só para acompanhar e torcer para os meninos que ele viu nascer e ajudou, como poucos, na sua formação.

Era um dirigente sempre presente, que se dedicava por inteiro ao seu trabalho.
Muito rígido nas decisões, no entanto era um paizão, um conselheiro dos jovens pilotos. Sua voz rouca era ouvida e respeitada por todos : pilotos, pais de pilotos e dirigentes.

Seu grande sonho era ver um de seus “ meninos “ tornar-se campeão mundial da F-1. Esse sonho realizou-se com a conquista do Ayrton Senna, cuja carreira no kart acompanhou desde o primeiro momento em que o Ayrton apareceu no kartódromo.

Curiosa e diferente a carreira de dirigente do Hélio. Era um industrial do ramo de calçados, que nunca havia assistido a uma corrida de automóvel e sequer sabia da existência do kart.

Nos conhecemos quando seu filho precisou da ajuda de um professor particular. Desse relacionamento puramente profissional nasceu uma grande amizade. Dessa amizade surgiu nosso convite para participar do Departamento de Kart da então Federação Paulista de Automobilismo. Ele aceitou e dedicou-se com afinco à missão. Desenvolveu seu conhecimento e tornou-se um especialista no assunto kart, mas só este tipo de veículo de competição. Apesar de nossa amizade, nunca aceitou participar de outros eventos automobilisticos.

O Hélio era um dirigente amador puro. Nunca recebeu qualquer ajuda financeira por seu trabalho; era sulficiente o transporte, a alimentação e a estadia.

Talvez a maior virtude do Hélio tenha sido o companherismo. Em nome do esporte que adotou, e passou a adorar, tudo fazia para ajudar os amigos que formou entre os dirigentes. Nunca reclamou de uma acomodação ou do meio de transporte que lhe era oferecido ( desde que não fosse avião, pelo qual não nutria nenhum tipo de tolerância ).
Seu Napoli nos deixou a alguns anos, mas todos que tiveram a felicidade de com ele conviver nunca o esquecerão.

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