Personalidade: Paulo Scaglione

Uma merecida homenagem

No início do automobilismo de São Paulo, os clubes de serviços, para obterem o alvará de funcionamento, tinham que realizar “corridas” (ou seria o inverso?). Surgiram assim os Automóveis Clubes. Entre eles o Automóvel Clube da Lapa. Seu fundador e administrador era o Sr. Moacyr Scaglione. Não era um clube de grande porte que pudesse enfrentar os grandes automóveis clubes da época, mas seu proprietário não tinha grandes pretensões e ia “tocando” o clube.

No início dos anos 70, seu Moacyr faleceu repentinamente enquanto dormia, deixando como herança para os seus 3 filhos o Automóvel Clube da Lapa. Mas os mesmos não se interessaram. Primeiro porque não fazia parte de seus planos futuros e segundo porque o clube estava numa situação pré-falimentar. Depois de muitos acertos e desacertos, um dos irmãos resolveu assumir o compromisso de tentar evitar que a criação de seu Moacyr morresse com ele.

Assim surgiu o Paulo Enéas Scaglione no cenário do automobilístico de São Paulo. Seu empenho inicial foi dar vida ao Automóvel Clube da Lapa, como clube de serviços. Posteriormente resolveu ser um profissional do automobilismo, incentivado Apor outros amigos.

Desde o início dessa nova empreitada deixou claro que entrava no automobilismo de competição não por ser um apaixonado pelo esporte, mas visando dele obter um meio de vida.

Se não entendia, como até hoje diz não entender, dedicou-se à organização das corridas. Paralelamente dedicou-se ao curso de Direito e hoje o brilhante “organizador” é também um brilhante advogado, profundo conhecedor do direito civil e do direito esportivo.
Com o passar dos anos, o “organizador” foi atraído para a diretoria da FASP. Nas reuniões da diretoria ou nas assembléias, como representante da Automóvel Clube da Lapa, sempre foi a voz severa que lutava contra as coisas erradas e paralelamente se engajava nas boas causas e as defendia com coragem e dedicação.

Tive o privilegio de tê-lo como meu vice-presidente por 2 mandatos consecutivos. Durante esse tempo, tive a oportunidade de conhecer melhor o lado humano dessa personalidade exemplar. Pude ver quão grande é seu coração, quanto é sincera sua amizade àqueles por ele selecionados.

Hoje o “Paulão” é o Presidente da CBA, porém não é o “cartola” que costumam ser os dirigentes esportivos. Continua a ser o profissional que dirige profissionalmente a Confederação, dando a ela um surto de progresso e reconhecimento nacional e internacional como nunca antes houve.

São Paulo, 20 de Janeiro de 2006

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