Regulamento mais próximo do padrão FIA e facilidades para o ingresso de novos carros confirmam o interesse de equipes e dirigentes no crescimento da modalidade
A receita é a mesma de sempre: muita emoção e poeira para quem é amante das competições fora de estrada. E, para este ano, os encontros entre a Comissão Nacional de Rally e as equipes do rali de velocidade trouxeram entusiasmo aos competidores para a temporada.
A principal diferença para o campeonato deste ano é a inclusão de alguns veículos nas categorias já existentes, como o New Maxi na categoria RC2N, veículos N3 na categoria RC4, os carros Peugeot 206 e 207 na mesma configuração técnica da extinta Copa Peugeot na categoria RC5 e a aceitação de novos carros, desde que dentro das normas de segurança, apenas com as características de fábrica.
Com essas mudanças, o número de inscrições tem aumentado para 2016. “Existem perto de 60 carros preparados na época da Copa Peugeot de Rally e muitos estão guardados em garagens. Hoje eles podem ser usados no campeonato brasileiro com pouquíssimas restrições”, lembra Leonardo Zettel, campeão paranaense de 2015 na categoria RC5 e um dos colaboradores da modalidade no Brasil.
Para competir na categoria RC5, o Peugeot 207 com a preparação da Copa Peugeot de 2012, por exemplo, terá de receber um restritor de 30 milímetros, enquanto o Peugeot 206 pode participar com as mesmas características da época.
Para dar mais autonomia aos organizadores, as provas devem manter a quilometragem mínima (120km), mas todo evento pode ser realizado entre a sexta-feira e domingo, conforme as necessidades de cada região. E, com o objetivo de padronizar as provas, nomes, números e a pontuação obtida pelos competidores, segue o padrão FIA utilizado no campeonato mundial de rally.
O calendário, com seis etapas, mereceu elogios dos competidores pelos locais escolhidos. A cidade de Pomerode, no interior catarinense, abre a temporada nos dias 12 e 13 de março. Com a segunda etapa em Estação (16 e 17 de abril) e a terceira em Erechim (RS), junto com o Campeonato Sul-Americano da modalidade (13 a 15 de maio), o Campeonato Brasileiro de Rally de Velocidade cumpre sua passagem pelos estados catarinense e gaúcho.
Nos dias 2 e 3 de julho o Rally de Velocidade Brasileiro volta à Piraquara no Paraná, já considerado um reduto dos fora de estrada pelo sucesso de público da última edição. Logo depois, acontece o Rally em Taubaté, nos dias 24 e 25 de setembro, tido como um dos trechos mais difíceis do circuito. O final da temporada chega com o glamour do Rally de Morretes, onde toda a tradição da Serra da Graciosa reaparece depois da recuperação dos trechos tradicionais pelos organizadores da etapa.
As categorias continuam as mesmas com RC5 – carros 4×2 com até 1.600 cc sem preparação, RC4 – carros com tração 4×2 com até 1.600 cc preparados e até 2.000 cc sem preparação, e RC2N – carros 4×4 com preparação.
As inscrições antecipadas por etapa para as seis etapas programadas estão abertas pelo site da CBA (www.cba.org.br) com valores promocionais R$ 2.000,00 para categoria RC2N; R$ 1.500,00 para categoria RC4; e R$ 1.000,00 para a categoria RC5.
Calendário do Campeonato Brasileiro de Rally de Velocidade
12 e 13 de março – Pomerode (SC)
16 e 17 de abril – Estação (RS)
13 a 15 de maio – Erechim (RS)
2 e 3 de julho – Piraquara (PR)
24 e 25 de setembro – Taubaté (SP)
19 e 20 de novembro – Morretes (PR)