Fórmula GP2: brasileiros começam bem a pré-temporada

Fórmula GP2: brasileiros começam bem a pré-temporada

Di
Grassi é 3º e Xandinho fica em 7º no primeiro treino
em Paul Ricard

SÃO PAULO –
Se os primeiros testes do ano servirem como termômetro, os brasileiros
têm tudo para fazer uma ótima temporada na Fórmula
GP2. Nesta terça-feira, na abertura dos treinos coletivos em Paul
Ricard (França), o estreante Lucas di Grassi (Durango) estabeleceu
o 3º tempo, enquanto Xandinho Negrão (Medley) terminou na
7ª colocação. Somente seu companheiro na Piquet Sports,
Nelsinho Piquet, ficou fora dos Top 10. Usou apenas um jogo de pneus novos
e ficou em 14º. O mais rápido do dia foi o inglês Lewis
Hamilton, da ART Grand Prix, com 1min12s838. A bateria inicial de testes
será completada amanhã.

Foi o primeiro contato das
13 equipes e 26 pilotos com o novo pacote técnico da Fórmula
GP2. Além dos pneus lisos, as asas traseiras agora têm dois
planos, contra os três do ano passado, e o motor ganhou 500 giros,
passando dos antigos 9.500 para 10.000. Nem todos os carros, no entanto,
entraram na pista com o novo conjunto de freios, já que o fornecedor
não entregou o material a tempo para 100% das equipes.

Xandinho gostou dos resultados
gerais dos testes. Com a pista ainda bastante molhada no início
da manhã, a Piquet Sports decidiu retirar os carros dos boxes apenas
para a instalation lap – volta de verificação de todos
os sistemas. Já próximo do meio-dia, o asfalto passou a
secar, mas a equipe preferiu concentrar os trabalhos no período
da tarde. Foi então que Xandinho começou a entender o novo
funcionamento do carro. “Os pneus são realmente bem diferentes
dos com ranhuras de 2005. Como saímos com as mesmas regulagens
do ano passado, o acerto estava completamente errado. Tivemos de trabalhar
muito para conseguir melhorar o set up. Mas o carro está realmente
mais rápido, algo próximo dos quatro segundos”, afirmou.

Com 54 voltas, Xandinho
foi o piloto que completou a maior quilometragem. Com o primeiro jogo
de pneus, andou sempre entre os seis mais rápidos. Com a evolução
no acerto, acabou praticamente repetindo a marca com pneus bem gastos.
No final, com o segundo jogo, virou o seu tempo definitivo. “Acho
que ainda poderia ser três ou quatro décimos mais veloz,
o que jogaria bem mais à frente. Afinal, o quarto colocado foi
apenas um décimo mais rápido que eu. Andei com as pastilhas
de freio do ano passado, e isso também pode ter feito alguma diferença.”

Márcio Fonseca
(MTb 14.457)
MF2 – Serviços Jornalísticos