Piloto e Jornalista Rodrigo Gino completa o Rally de Como na Itália

Objetivo alcançado com sucesso na única participação brasileira em um rali de velocidade na temporada europeia. O piloto e jornalista Rodrigo Gini conseguiu chegar ao fim de uma das provas mais tradicionais e desafiadoras da modalidade na Itália, o 34º Rali de Como, com 100 quilômetros cronometrados e quase 330 de percurso nas estradas em torno da cidade da Lombardia, conhecida pelo belo lago. Ao lado do navegador italiano Roberto Conti, ele levou o Suzuki Swift R1B da equipe Europea Service à rampa de chegada na Piazza Cavour, onde um grande público prestigiou os competidores, conquistando a quarta posição na categoria R1B (carros com tração dianteira, motores 1.600cc e preparação restrita), 44ª entre os 62 carros que largaram. A prova encerrou o Campeonato Italiano WRC (CIWRC).

E a missão não foi nada simples, considerando o que cercava o desafio: além de ser a primeira prova de Rodrigo no asfalto, com um carro cujo contato se limitou a quatro passagens pelo shakedown de 1,4km (um treino em condições de prova, na véspera), neblina, chuva e as centenas de curvas – apenas no primeiro trecho cronometrado, Alpe Grande, eram 56 em oito quilômetros – deram o tom. Além disso, o carro 72 era o único a contar não com pneus de competição, mas com os Toyo Proxes de rua, que resistiram bem à maratona.

Já no levantamento foi possível ter uma ideia do que viria pela frente, com estradas estreitas, muitas vezes em piso irregular, e uma nada convidativa combinação entre muros de pedra e guard-rails. Diante de um tipo de prova conhecido como a palma da mão por italianos e suíços, a missão não poderia ser outra a não ser aprender e ganhar intimidade a cada quilômetro percorrido. E uma batida nos quilômetros finais da impressionante segunda especial, Val Cavargna, com 29,8km, felizmente sem grandes danos ao carro, mostrou que o ideal era adotar um ritmo constante, mas cauteloso. A última passagem pelo terceiro trecho cronometrado (Pian Rancio), foi feita com noite alta, e mesmo a bateria de faróis montada no capô não melhorou tanto a visibilidade.

Tão logo a cartela foi entregue aos comissários, o clima foi de festa pelo desafio superado. E ao longo de toda a semana, a presença verde e amarela no Rali de Como ganhou destaque, com direito a reportagem no Corriere di Como, curiosidade dos torcedores e cumprimentos dos pilotos e navegadores, conscientes da dificuldade que é acelerar pela primeira vez numa prova tão exigente.

“Cada instante foi sensacional, marcante, é uma experiência que vou guardar para sempre. Realizei um sonho que parecia tão distante, e foi muito bacana fazer parte de um rali considerado tão difícil mesmo pelos pilotos da casa. De quebra, o Roberto, meu navegador, também conseguiu chegar ao fim depois de duas tentativas – nos entendemos perfeitamente e sem sustos, mesmo com as referências passadas em italiano. Aprendi muito, e a acolhida dos outros concorrentes, da organização e de um público apaixonado pelo esporte foi impressionante. Teve até bandeira brasileira no percurso. Fico feliz por ter descoberto outro tipo de pilotagem, totalmente distinto de tudo a que estava acostumado: é preciso fazer o carro escorregar o mínimo possível, guiar de forma precisa e procurar aquecer ao máximo os pneus para ter aderência, especialmente num frio de menos de 10 graus. Sei que com mais prática e experiência é possível melhorar muito, quem sabe não consigo repetir a dose ano que vem. Vontade é o que não falta”, resume o piloto e jornalista.

Para a prova, Rodrigo contou com o patrocínio da Orange BH, revenda premium das motos e bicicletas KTM na capital mineira; da Lalubema, empresa de Belo Horizonte especializada no desenvolvimento de aplicativos para smartphones e tablets; do Circuito dos Cristais, o Autódromo Internacional de Curvelo, com inauguração prevista para março de 2016; além da OMP e do Consulado da Itália em Belo Horizonte. O carro levou ainda a marca da Sportsplace (sportsplaceshop.com), loja virtual do jornalista que oferece artigos relacionados ao automobilismo e ao motociclismo. Não faltaram ainda rifa e vaquinha virtual para viabilizar a participação. “Muita gente colaborou, torceu, e serei eternamente grato a todos. Muito desse feito é de quem abraçou o meu sonho e me ajudou a ir adiante”.

Fotos: divulgação
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Rodrigo Gini
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