Senna prevê luta dura nas 6 Horas de Xangai

SÃO PAULO – Os Oreca dominaram as três primeiras posições dos treinos livres que abriram nesta sexta-feira a programação das 6 Horas de Xangai, oitava e penúltima etapa do Campeonato Mundial de Endurance – FIA WEC. Liderando o trio da RGR Sport, Bruno Senna estabeleceu o quarto tempo da classe LMP2 e manteve as esperanças da equipe de não apenas brigar pela pole nas tomadas classificatórias de amanhã como em conquistar um resultado domingo que mantenha vivas as chances de título no encerramento do calendário dentro de duas semanas no Bahrein – o time do brasileiro está em segundo na classificação de pilotos com desvantagem de 38 pontos para os líderes da Signatech-Alpine, restando ainda 52 em jogo nas provas finais.

Desde a véspera, Senna manifestava preocupação com o rendimento do Ligier JS P2-Nissan no circuito chinês, especificamente na longa reta que favorece a aerodinâmica mais eficiente dos Oreca e Alpine. “Os Oreca estão mais fortes em ritmo puro, mas em termos de consistência talvez estejamos ali com o carro 26, que fez a volta mais rápida de hoje”, ressalvou. Bruno lembrou ainda que os tempos podem não ter refletido o verdadeiro potencial de cada equipe. “Eu mesmo perdi quatro décimos no primeiro setor de minha melhor volta. Nosso acerto estava bastante agressivo e acabei dando uma traseirada absurda.”

Senna acrescentou também que as diferenças em relação ao uso dos pneus novos pode ter determinado o desfecho dos primeiros combates no autódromo do principal centro financeiro da China. “Quando todos colocaram um jogo novo ao mesmo tempo, perdíamos três décimos para o mais veloz. Depois, a maioria colocou outro set zerinho. Para mim não faz sentido, porque esse pessoal não terá pneus novos para o treino livre antes do qualifying”, observou.

Embora admitindo que a LMP2 permanece como a categoria mais competitiva das quatro que compõem o Mundial de Endurance e que a corrida poderá ser definida então pela consistência, estratégia e até mesmo um pouco de sorte com as bandeiras amarelas, Senna reconheceu que a chave para a vitória talvez esteja nas mãos, pés e cabeça dos pilotos classificados como Prata pelo regulamento. “Cada equipe tem um desses. Eles, que não são exatamente profissionais, é que acabam determinando o resultado final. De qualquer forma, será dureza, mas vamos à luta”

Os tempos de hoje em Xangai:

1 – Roman Rusinov, Will Stevens e Alex Brundle, Oreca 05-Nissan, 1min54s627
2 – Mattheo Rao, Richard Bradley e Alex Lynn, Oreca 05-Nissan, 1min54s856
3 – Tor Graves, Roberto Gonzalez e Mathias Beche, Oreca 05-Nissan, 1min55s028
4 – Bruno Senna, Filipe Albuquerque e Ricardo Gonzalez, Ligier JS P2-Nissan, 1min55s266
5 – Gustavo Menezes, Nicolas Lapierre e Stéfane Richelmim, Alpine A460-Nissan, 1min55s503
6 – Pipo Derani, Ryan Dalziel e Chris Cumming. Ligier JS P2-Nissan, 1min55s727
7 – Antonio Giovinazzi, Tom Blomqvist e Sean Gelael, Ligier JS P2-Nissan, 1min55s969
8 – Nicolas Minassian, Maurizio Mediani e Mikhail Aleshin, BR01-Nissan, 1min56s524
9 – Vitaly Petrov, Kirill Ladygin e Victor Shaitar, BR01-Nissan, 1min56s530
10 – David Cheng, Ho-Pin Tung e Paul Loup Chatin, Alpine A460-Nissan, 1min57s397

Márcio Fonseca (MTb 14.457)
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