Em Cordeirópolis piracicabano garante título como piloto e preparador
Não é de hoje que Gustavo Favoretto curte automóveis: aos 35 anos este piracicabano há muito segue o esporte graças ao incentivo do tio Airton Favoretto, veterano do autocross.
O novo Campeão Brasileiro de Velocidade na Terra, título conquistado no úultimo fim de semana, em Cordeirópolis (SP) ,já andou de gaiola, mas é com carros fechados que ele se destacou desde o início de sua carreira, coisa de quase duas décadas.
“Eu sempre fui ligado em competição e desde a minha infância me interessava pelo assunto. Como o meu tio corria de autocross eu passei a acompanha-lo nas pistas e quando pintou uma oportunidade comecei a correr, inicialmente dividindo um carro de turismo com ele”, explica Gustavo, empresário dono do Centro Automotivo Piracicaba, onde prepara seu carro após o expediente reservado para atender carros de rua e uns e outros mais preparados.
“Esse carro que usei em Cordeirópolis eu preparei sozinho, o que me garantiu um prazer dobrado, pois ganhei os troféus de melhor piloto e melhor preparador. Quem me ajuda nessa batalha são empresas locais de Piracicaba, como a Gaspar Refrigeração, TGF, Airton Peças, que é a empresa do meu tio, e Gu Lanches”.
Após algumas provas de turismo e uma ou outra experiência em provas de gaiola, Favoretto adquiriu o VW Gol do tio Airton e chegou a competir até em provas de velocidade no asfalto quando a pista do ECPA foi asfaltada e aconteceu um hiato em provas de terra na região de Piracicaba. A chegada de modelos atuais no Campeonato Brasileiro de Turismo, disputado em autódromos pavimentados, pode ser o início de uma nova fase dessa classe no Velocidade na Terra:
“Com esses carros mais novos os carros mais velhos do Marcas e Pilotos, por exemplo, ficaram desatualizados, mas podem ter vida nova na terra. A adaptação é possível e fácil. Eu mesmo mudei meu carro de asfalto para terra e posso garantir que não precisa trocar muita coisa, é um processo rápido e fácil.”
Gustavo Favoretto lembra que ficou um tempo no asfalto porque “tem mais corridas nessa modalidade, o que acaba influindo até mesmo no desenvolvimento dos pilotos e carros que correm na terra. Eu mesmo já participei de provas no Paraná e em Santa Catarina.”. No último fim, porém, ele teve que enfrentar nomes consagrados nessa especialidade e cita como grandes rivais os catarinenses Christiano Bornemann e Daniel Hoffmann e o gaúcho Maiko Dienstmann, oito vezes campeão gaúcho. “O título veio porque venci as duas primeiras baterias e na terceira fui administrando a disputa com essas feras”, ele completa.